Maior parte das oportunidades é para o setor de alimentação. As contratações começam em novembro e o salário médio é de R$ 660,00.
Pelo menos 5.900 vagas de emprego temporárias devem ser abertas no Litoral Norte a partir de novembro para atender a demanda dos mais de 4 milhões de turistas esperados durante a alta temporada de verão.
Turistas aproveitam a temporada de verão na praia Martin de Sá, em Caraguá, em janeiro deste ano. Movimento projeta abertura de vagas temporárias (Foto: Thales Stadler/AbcDigipress/AE) |
A maioria das vagas deve atender o setor de alimentação, o que inclui profissionais para resturantes, bares e quiosques. A expectativa é que esse setor absorva 3.940 trabalhadores temporários. O salário médio oferecido é de R$ 660 por mês, que é o piso da categoria.
O setor emprega quase 15 mil pessoas na região, de acordo com José Carlos de Souza, presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (Sinhores) no Litoral Norte. "A preferência na hora de contratar é por pessoas da região e que já tenham algum tipo de experiência na função para a qual a vaga está aberta. Quanto mais qualificado o profissional, maiores são as oportunidades de salários mais atrativos", disse Souza.
Os hotéis, segundo ele, são os que contratam em menor proporção. O aumento do efetivo nos estabelecimentos varia entre 10% a 15% - a previsão é de 1.963 contratações em todo o Litoral Norte.
Quiosques
Uma opção prática e muitas vezes mais barata para alimentação, os quiosques são a opção para os banhistas durante o dia nas praias. Caraguatatuba e Ubatuba concentram 190 estabelecimentos que estimam uma média de 2.100 contratados entre dezembro e o Carnaval.
"Das 27 praias aqui de Caraguá, 13 tem quiosques e todos devem contratar. A média durante o ano é que cada estabecimento tenha 5 funcionários, na temporada tem alguns que chegam a ter 20", disse Renato Ferraz de Mello Lambiasi, presidente da Associação de Quiosques de Caraguatatuba e dono do quiosque Malibú, na praia de Massaguaçu. Segundo ele, a preferência na contratação é por moradores da cidade.
Banhistas na Praia Grande, em Ubatuba (Foto: Thales Stadler/AE) |
Proprietário do quiosque Kaiambá, na Praia Grande, Carlos Roberto Lago disse que já iniciou a procura por candidatos para preencher as vagas extras. "Apesar de contratarmos muitos daqui da região, também temos os migrantes, principalmente de Minas Gerais, que vem nesta época para a cidade para ganhar uma grana extra", disse Lago, que é vice-presidente da Associação dos Quiosques de Ubatuba.
Segundo os representantes consultados, os interessados em conseguir um emprego temporário devem ir aos estabelecimentos. Não existe um local que concentre as contratações.